Segundo o porta-voz do governo, "não houve intenção de enganar" após a divulgação de uma carta de Bruno Le Maire sobre a situação das finanças.

Será este o início de uma nova controvérsia envolvendo Emmanuel Macron? Neste fim de semana, o ex-ministro da Economia, Bruno Le Maire, revelou aos nossos colegas da France 5 que havia alertado o ocupante do Palácio do Eliseu, em abril de 2024, sobre a situação do orçamento do país por meio de uma carta "secreta".
Neste documento, Bruno Le Maire propôs limitar o déficit a 4,9% em 2024. Essas recomendações não foram acatadas, e o PIB atingiu 5,8% naquele ano. A porta-voz do governo, Maud Bregeon, que pediu o fim de toda a controvérsia, afirmou que "não houve intenção de enganar".
Em nossa emissora, ela recorda nesta segunda-feira, 10 de novembro, que "já em março de 2024, Bruno Le Maire e o Presidente da República procederam ao congelamento de 10 bilhões de euros", uma decisão que "gerou muita discussão" e "despertou descontentamento".
Maud Bregeon declarou à BFMTV que essas despesas decorreram da "crise da Covid" e da "crise energética".
"O Estado assumiu quase metade das contas de eletricidade e gás", diz ela, "a um custo estimado de 25 bilhões de euros por ano."
Segundo o porta-voz do governo, trata-se de "dinheiro usado para proteger o povo francês, a primeira missão do Presidente da República".
Esta carta provocou indignação na oposição . Para Marine Le Pen, líder dos deputados da Reunião Nacional, ela "mostra o quão doente está a nossa democracia". "Quando Emmanuel Macron dissolve a Assembleia Nacional, ele age plenamente consciente do estado desastroso das finanças públicas", escreveu ela nas redes sociais. Enquanto isso, o partido França Insubmissa, por meio de seu deputado Éric Coquerel, de Seine-Saint-Denis, denunciou uma "falha do Estado". "Em retrospectiva, isso significa que o orçamento apresentado era insincero", acrescentou o deputado na segunda-feira, em entrevistas à BFMTV e à RMC.
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